sexta-feira, 6 de junho de 2008

Vício da Alma





















Eu sou a flor
Embebida de orvalho
A inquietude
Que alimenta a serenidade
Aquele que parti
E deixa saudade
E aquele que fica
Depois da partida

Eu sou a palavra que falta
Daquilo que não têm palavras
O caminho mais curto
De uma estrada sem fim
O que há de mais doce
No sorrir de uma lágrima

Eu sou a dor
Mais nobre do querer
O silêncio absoluto
Que todos querem ouvir
A fronteira imaginária
Entre o ser e o sentir

E eu sou a doença
Disfarçada de cura
O impulso
Necessário do salto
O espaço
Preenchido entre os olhares
E o vício
Mais íntimo da Alma

Eu sou o amor ...

Marcelo Roque

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