domingo, 2 de novembro de 2008

Um dia, pai



Pode ser que um dia, sejamos mais que meros conhecidos, mais que palavras rasas num oceano de expectativas.


Talvez em 10 ou 20, possamos nos olhar e matar a sede da doce água que temos inutilmente guardado durante anos.


Esquecer o imutável passado e simplesmente viver o resto de nossas desperdiçadas vidas.


Mas não se preocupe! Eu estou bem; eu estou indo. Todos os dias apagando a falta que você me faz.


Esquecendo a vontade de receber um convite, uma simples conversa, um conselho de quem deveria me ensinar a viver.


Também não se entristeça. Você não foi o único herói que virou bandido. Mas era o meu preferido, por isso o meu coração insiste em doer.


Pai! Eu não faço questão de ser tudo pra você, mas apenas o suficiente para que consiga me dizer, olhando nos meus olhos, que sou importante, que a nossa distancia doe tanto em você quanto dói em mim.


Calebe Pacheco

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