quarta-feira, 1 de agosto de 2007

AUSÊNCIA versus LÁGRIMAS


Meus olhos começam a arder
Encharcam-se nas lágrimas
Que em instantes rolarão
Sobre minhas faces

As narinas bloqueiam
Minha ofegante respiração
Um soluço impeço
Dói meu coração

Um nó na garganta
Uma sensação selvagem
Segura meu grito
Que não encontra passagem

Um rubor intenso
Toma conta do meu peito
Começo assim a sentir
Na boca um novo gosto

Quebra-se então o silêncio
Que nesse instante vivia
Um soluço delirante
Imprime mais essa agonia

Penso em ti, amor
Por isso as lágrimas
Choram essa ausência distante
Lágrimas de um sentimento profundo
Que só quem ama as sente constante

Lágrimas que rolam sua ausência
Que se precipitam sem artifício
Choro por você que tanto amo
Choro na carência, uma presença difícil.



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