quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Sempre, para sempre


Há amor amigo

Amor rebelde

Amor antigo

Amor da pele



Há amor tão longe

Amor distante

Amor de olhos

Amor de amante



Há amor de inverno

Amor de verão

Amor que rouba

Como um ladrão



Há amor passageiro

Amor não amado

Amor que aparece

Amor descartado
Há amor despido

Amor ausente

Amor de corpo

E sangue, bem quente



Há amor adulto

Amor pensado

Amor sem insulto

Mas nunca, nunca tocado



Há amor secreto

De cheiro intenso

Amor tão próximo

Amor de incenso



Há amor que mata

Amor que mente

Amor que nada, mas nada

Te faz contente, me faz contente



Há amor tão fraco

Amor não assumido

Amor de quarto

Que faz sentido



Há amor eterno

Sem nunca, talvez

Amor tão certo

Que acaba de vez



Há amor de certezas

Que não trará dor

Amor que afinal

É amor,

Sem amor



O amor é tudo,

Tudo isto

E nada disto

Para tanta gente



É acabar de maneira igual

E recomeçar

Um amor diferente

Sempre, para sempre

Para sempre



Donna Maria



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